quinta-feira, 3 de novembro de 2016

Novo presidente do Líbano assume fazendo ameaças a Israel




Nesta segunda-feira (31), o parlamento libanês elegeu o ex-general Michel Aoun como novo presidente da República. O país ficou quase dois anos e meio sem comando, por conta das divergências existentes entre os dois principais blocos políticos, apoiados respectivamente por Arábia Saudita e Irã.

Será o 13º presidente do Líbano desde que o país se tornou independente da França, em 1943. Aoun, 81 anos, sabidamente é próximo da milícia xiita Hezbollah.

No seu discurso de posse, o novo governante exigiu o desenvolvimento de uma lei eleitoral “justa”. Também ameaçou Israel, reiterando que Tel Aviv continua sendo a “maior ameaça contra o Líbano”. Enfatizou que “armar e apoiar o exército libanês” será a sua prioridade, “a fim de combater qualquer ameaça”. Embora tenha feito a afirmação enquanto falava sobre terrorismo, ele deixou claro que sua preocupação é com o Estado judeu.

“Não pouparemos esforços para proteger o Líbano de Israel e libertar o que resta das nossas terras da ocupação israelense”, assegurou.




Segundo o Pacto Nacional do Líbano, assinado em 1943, o presidente deve ser um cristão maronita, o primeiro-ministro um muçulmano sunita, enquanto o presidente do Parlamento será um muçulmano xiita. Conforme acordado, o ex-premiê Saad Hariri Hariri voltará a ocupar o cargo no novo governo.

A guerra na vizinha Síria tem um efeito dramático sobre o Líbano, uma vez que o país recebeu cerca de 1.2 milhão de refugiados sírios. No passado, os dois países foram grandes inimigos, mas o novo presidente diz apoiar o regime de Assad.

O jornal Israel Hayom considerou a eleição uma “vitória para o Irã e Hezbollah contra a Arábia Saudita”.

Inimigos desde os tempos bíblicos, a última guerra entre os países foi em 2006. O cessar-fogo pedia o desarmamento do Hezbollah, para que o Líbano pudesse controlar sua fronteira com Israel, no sul. Há eventuais ataques libaneses contra Israel, a maior parte deles provocados por terroristas do Hezbollah, que não cumprem os acordos. Com informações Wall Street Journal



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